quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Um Genuíno Impasse Entre os Irmãos Responsáveis na Assembleia


Um Genuíno Impasse Entre os Irmãos Responsáveis na Assembleia

Quando houver uma verdadeira divisão entre os anciãos, a assembleia deve esperar até que Deus deixe claro o que eles devem fazer. Se chegarem a um impasse, pode ser que precisem chamar irmãos de outra assembleia para aconselhá-los da maneira bíblica de se abordar a questão. J. N. Darby disse: “Se a assembleia não se sente em condições de fazê-lo, isso coloca os irmãos sob sua própria responsabilidade, e se pedem a ajuda de outros irmãos mais experientes, não há qualquer problema, pois o corpo é um; mas é a assembleia que deve agir assim a fim de se purificar, e isto é extremamente importante.”[1] Ele também disse: “As opiniões dos irmãos de outras localidades têm igualmente a liberdade de serem apresentadas aos irmãos locais, quando estiverem relacionadas às questões envolvendo a assembleia dos santos, mesmo que não sejam membros locais daquela assembleia. Não aceitar isto seria certamente uma séria negação da unidade do corpo de Cristo... Quando isto ocorre, é uma verdadeira bênção que homens sábios e espirituais (na condição de indivíduos) de outras assembleias venham a participar da questão procurando despertar a consciência da assembleia, isto se vierem a pedido da assembleia ou daqueles que estejam encontrando dificuldade para resolver a questão naquele momento. Em situações assim a ajuda desses irmãos, longe de ser vista como uma intromissão, deve ser recebida e reconhecida em nome do Senhor. Agir de qualquer outra maneira seria com certeza aprovar a independência e negar a unidade do corpo de Cristo.”[2]
Irmãos piedosos e exercitados que conheçam a situação podem visitar ou escrever para aqueles que têm a responsabilidade da assembleia, apresentando a eles os princípios bíblicos relacionados à dificuldade em questão. Os irmãos que expressam suas preocupações e apresentam sua opinião sobre o problema podem ter sido convidados pela assembleia, ou terem entrado em contato com aquela assembleia expressando sua preocupação com a situação. Em qualquer um destes casos eles devem ser bem-vindos pela assembleia local que está lidando com o problema, pois fazem parte do mesmo um só corpo, e o que afeta um afeta todos.
Mas eles chegam como irmãos, não como uma assembleia com autoridade para julgar o caso em questão! Conforme disse A. Roach: “Os irmãos que são convidados por uma assembleia para ajudarem não têm autoridade para julgar a questão, já que esta é uma responsabilidade que só cabe à assembleia. Esses irmãos não têm qualquer parte entre os que julgam, e depois de terem aconselhado seu trabalho pode ser dado por encerrado”. Ele também disse: “Há algum tempo eu e outro irmão fomos convidados a ajudar uma assembleia com um problema local. Por ocasião de nossa última reunião com os irmãos responsáveis por aquela assembleia, o irmão que estava comigo fez uma declaração nestes termos – ‘Tudo o que podemos fazer é aconselhá-los como irmãos, e se vocês acharem que nosso conselho pode ser colocado em prática, vocês devem apresentá-lo à assembleia para aprovação, pois é ali que está a autoridade’.” [3]
Não encontramos qualquer passagem na Escritura que possa indicar que uma assembleia deve intervir na decisão de outra assembleia e julgar novamente a questão. Isto seria negar a autoridade do Senhor no meio da assembleia responsável pela questão, o que é a essência do erro do Bethesda (Irmãos Abertos). Anos atrás, durante uma conferência em Saint Louis, Missouri, EUA, foi feita uma pergunta: “É certo que uma assembleia interfira na decisão tomada por outra assembleia em relação a algum problema?” A resposta foi: “Não, a menos que exista um convite fundamentado na Escritura para que isso ocorra. Muitos problemas são causados quando uma assembleia se intromete nas questões de outra sem ser convidada. Agir assim é um erro.”[4]



[1] N. do A.: “Letters of J. N. Darby”, vol. 2, pág. 198.

[2] N. do A.: “Letters of J. N. Darby”, vol. 2, pág. 200.

[3] N. do A.: “The Assembly as Judge”, A. Roach, págs. 10-11.

[4] N. do A.: “Notes of General Meetings held at St. Louis, MO, 26-29/nov/1925”, pág. 38.

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