quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

“Qualquer coisa”


“Qualquer coisa”[1]

W. Potter escreveu um breve artigo sobre as ações da assembleia no qual ele diz que a expressão “qualquer coisa” de Mateus 18:19 é um incondicional “qualquer coisa”. Uma assembleia pode ligar erroneamente algo, e nosso dever é nos sujeitar até que seja feita uma retificação de forma pacífica e ordenada. Independentemente do que Potter diz, para alguns a interpretação de “qualquer coisa” como incondicional parece ter sido tirada do papismo católico romano. A opinião desses é que isso tornaria a assembleia infalível em suas ações administrativas, o que não é verdade. Tais pessoas argumentam que se a expressão “qualquer coisa” for incondicional, então a assembleia poderia ligar algo que quisesse e já estaria automaticamente ligado no céu. No modo de pensar deles isso deixaria o céu sujeito às ações da Igreja na Terra, e se a assembleia cometesse um erro, o céu estaria se colocando em comunhão com o mal, algo que Deus jamais faria. A princípio, um argumento assim pode parecer bem lógico, mas por trás dele está uma tentativa do inimigo de criar confusão na assembleia e minar suas ações. Para isso bastaria alguém declarar que uma determinada ação da assembleia foi injusta, para concluir que ela não teria o respaldo do céu. E se o céu não a endossasse ninguém estaria obrigado a aceitá-la e nem se submeter a ela. Esta é uma maneira conveniente de se desprezar aquelas ações da assembleia que não nos agradem. Se os atos administrativos de uma assembleia só devessem ser apenas obedecidos sob a condição de estarem corretos, então a ordem toda seria rapidamente perdida.[2]
O grande problema dessa ideia equivocada é que os julgamentos da assembleia ficariam sujeitos ao nosso julgamento pessoal. A assembleia já não seria a corte da autoridade mais elevada nesses assuntos, e sim nosso próprio juízo. Toda a ordem se perderia assim. Todos ficariam livres para fazer o que parecesse “reto aos seus olhos” (Jz 21:25). Muitos têm sido enganados com a ideia de que, a menos que uma ação da assembleia trouxesse o inconfundível carimbo da Palavra de Deus, ela não ligaria pessoa alguma na Terra e não seria ratificada no céu. Em outras palavras, a decisão da assembleia somente teria validade quando fosse uma decisão correta. Ora, se fôssemos nos sujeitar a uma decisão da assembleia apenas quando a considerássemos correta, o triste resultado seria que cada vez que a assembleia agisse alguns se sujeitariam à decisão, e outros não, simplesmente por que suas opiniões privadas seriam diferentes. Nos dias atuais, quando a Igreja está em um estado generalizado de ruína, estaríamos sujeitos a encontrar alguns que pensam ser mais sábios que seus irmãos, e cujo julgamento pessoal irá diferir do julgamento da assembleia. O inimigo logo se aproveitaria disso para dividir os santos, e desta forma abalar a unidade. Certamente não é este o modo de Deus manter a ordem em Sua casa. Não, somos ordenados a nos submetermos, mesmo se acharmos que a decisão está errada, e esperarmos no Senhor para corrigi-la. É assim a ordem é mantida. J. N. Darby disse: “Um julgamento de uma assembleia, mesmo que eu o considere um equívoco, em primeiro lugar, devo aceitar e agir de acordo.”[3]
Na tentativa de negar a força da expressão “tudo o que” em Mateus 18:18, e querer provar que ela não poderia ser incondicional, alguns erroneamente presumiram que o versículo 19 seria de uma reunião de oração, concluindo que “qualquer coisa” nas orações da assembleia estaria sujeita à aprovação do céu (pois Deus somente responde às nossas orações quando elas estão de acordo com a Sua vontade), então as questões relacionadas à expressão “tudo o que” para as decisões de “ligar” deveriam também estar sujeitas à aprovação do céu[4]. Mas eles estão enganados em pensar que os versículos 19-20 se refiram, estritamente falando, a uma reunião de oração. O contexto indica que se trata de uma reunião para disciplina, apesar de o princípio estabelecido nestes versículos ser amplo o suficiente para incluir todas as reuniões da assembleia em uma aplicação secundária. (Por isso Mateus 18:20 é às vezes lido no partir do pão). Em 1 Coríntios 5:4-5 Paulo refere-se a essa mesma reunião no sentido de disciplina. Se estivesse falando de uma reunião de oração, então o Senhor teria mudado o assunto bem no meio de Seu discurso sobre as ações administrativas da assembleia e, então, mudado de volta no versículo 20 e seguintes, ao falar da necessidade de se ter um espírito voltado para o perdão de um irmão que estivesse arrependido de seu pecado (vers. 21-35). Isso seria fora de ordem. O ponto do versículo 19 é que a assembleia se reúne com o Senhor no meio (vers. 20) para invocar a Deus com o objetivo de ratificar sua decisão de “ligar”. A promessa é clara: “isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus”.
Para aqueles que porventura têm dúvidas se a expressão “qualquer coisa se refere efetivamente a todas as coisas que a assembleia decida julgar, sugiro a leitura de 2 Coríntios 2:10. Ali vemos que quando o assunto é suspender uma ação de “ligar “, Paulo diz: “E a quem perdoardes alguma coisa [qualquer coisa – JND] .... Se eles são vistos perdoando “qualquer coisa” (JND), necessariamente devem ter ligado “qualquer coisa” (JND). Isto não deveria ser difícil de entender para aqueles que têm o desejo de obedecer. Mas é aí que está a questão. Será que desejamos realmente fazer a vontade do Senhor? A verdade é para aqueles que desejam fazer Sua vontade (Jo 7:17). Às vezes as pessoas criam tamanha confusão por acharem que, talvez, a assembleia tenha tomado uma decisão errada, que devemos perguntar aonde elas querem chegar com isso. Mas a pergunta é: com que frequência coisas assim acontecem? Raramente. W. Potter também comenta no mesmo artigo que em 50 anos ele não soube de qualquer ação tomada entre os irmãos à qual não fosse possível alguém se submeter.
C. D. Maynard disse: “Uma assembleia, quando congregada ao Nome de Cristo, tem a Ele em seu meio, e possui Sua autoridade para agir em ‘ligar’ ou ‘desligar’ os pecados de um irmão ofensor (Mt 18:18-20). Tal ação é ratificada no céu. Não existe como apelar de tal decisão, a não ser a Cristo em glória; do mesmo modo como Jesus ‘entregava-Se [ou entregava a Sua causa] àqu’Ele que julga justamente’ (1 Pe 2:23)... Pode ocorrer para alguns que, se uma assembleia local julgar erradamente, conforme pensam, um apelo possa ser feito para outra assembleia local. Por exemplo, para restaurar uma pessoa erroneamente colocada fora. Isso não tem mais autoridade bíblica do que possa ter qualquer corrupção romana. Claramente, nega a unidade prática das duas assembleias. Aceitar a questão é negar que exista um só corpo e um só Espírito. Se a mesa do Senhor for uma, ambas as assembleias estão sujeitas à ação de uma delas, portanto é impossível um apelo. Se uma assembleia puder revisar o julgamento da outra, não existe unidade do Espírito ali, mas as duas não passam de reuniões independentes.”[5] O equivocar-se neste importante princípio nas questões da assembleia está por trás de todas as tristes divisões que ocorreram entre aqueles reunidos ao Nome do Senhor ao longo dos anos. Portanto faremos bem em ponderar cuidadosamente estas coisas.
Outra ideia errônea que alguns têm é que se a assembleia tomar uma decisão errada (e pode ser que seja errada apenas aos olhos desses), então ela não pode mais ser considerada uma assembleia reconhecida por Deus, e, portanto, os que não concordassem deveriam abandoná-la. Isso pode ser uma desculpa para essas pessoas agirem na vontade própria, e talvez irem congregar em outro lugar. Todavia, é um engano pensar que uma assembleia perca sua posição como assembleia biblicamente congregada ao Nome do Senhor caso ela tome uma decisão errada. Esta ideia revela a ignorância em confundir autoridade com infalibilidade. Acreditar que uma assembleia tenha autoridade, mas não infalibilidade, inclui presumir a possibilidade de que ela possa cometer um erro. Ao cometer um erro a assembleia não perde sua posição de estar biblicamente reunida, do mesmo modo como os pais em uma família não deixam de ser pais por terem cometido um erro ao disciplinarem um filho. A assembleia em Corinto continuava sendo reconhecida pelo apóstolo como a igreja em Corinto, e era assim que ele endereçava suas cartas, apesar de existirem ali problemas sérios. Se uma assembleia assim se recusasse a corrigir os males existentes em seu meio, depois de ter sido admoestada muitas vezes e com muita paciência, ela estaria sujeita a ser desligada ou deixar de ser reconhecida, mediante uma ação de outra assembleia tomada em nome das assembleias como um todo que permanecessem sobre o verdadeiro terreno da Igreja.
Um exemplo desse equívoco foi o que ocorreu em Tunbridge Wells em 1908-9. Alguns que conhecem o incidente acreditam que as ações que a assembleia tomou, primeiramente ao silenciar (1903) e mais tarde colocando fora de comunhão C. Strange (1908), foram injustas. Acreditando que o modo de lidar com C. Strange foi injusto e sem base bíblica, eles acharam que Tunbridge Wells havia por isso perdido sua condição de assembleia verdadeiramente congregada ao nome do Senhor[6]. Sendo assim, alguns acharam que as ações dessa assembleia não podiam ser reconhecidas como ações genuínas ligadas ao céu. Como consequência, decidiram não se sujeitar àquela decisão.
Ora, fica claro a partir dos fatos envolvendo o caso em questão que a assembleia de Tunbridge Wells agiu de forma meio confusa. Além disso, as relações subsequentes entre muitos dos que estavam em Tunbridge Wells revelou um espírito hostil que certamente nunca se deveria permitir. Mas a grande pergunta é: “Teria sido uma decisão da assembleia?”. Ambas as partes concordam que era, exceto os simpatizantes de Lowe em Londres, que acreditavam ter sido uma decisão injusta da assembleia, e, portanto, resolveram não se submeter a ela. Todavia, o fato de alguns irmãos de Londres (o partido de Lowe) achar que a ação era injusta e sem fundamento bíblico não muda ou torna nula a ação. A outra pergunta é: “A assembleia em Tunbridge Wells tinha ou não autoridade para agir em nome do Senhor?”. Se não, quando foi que ela perdeu sua autoridade de agir? Vimos nas páginas anteriores que uma assembleia não perde sua posição de estar biblicamente congregada ao nome do Senhor porque nós (indivíduos) achamos que ela tomou uma decisão errada! Devemos nos lembrar de que a decisão foi tomada em Nome do Senhor por uma assembleia congregada ao Seu Nome, e, portanto, revestida de autoridade para agir em questões administrativas. A assembleia em Tunbridge Wells decididamente tinha autoridade para agir em Nome do Senhor. Portanto, sua decisão foi ligada nos céus e todos deveriam se submeter a ela. Isso teria evitado a divisão.
Já que a decisão em Tunbridge Wells não pareceu aos seguidores de Lowe (e aos do continente europeu) fundamentada em graça, eles não a consideraram como uma decisão legítima da assembleia[7]). O grande erro ali foi achar que só se deve submeter a uma decisão de uma assembleia quando esta for uma decisão correta e tomada de uma maneira piedosa. A ideia de se sujeitar até mesmo se acharmos que a decisão é errada nem sequer foi cogitada. Aquilo foi certamente um desvio da verdade bíblica que os irmãos tinham ensinado até então. Foi tornar as decisões da assembleia dependentes da condição moral da assembleia – determinar que a assembleia precisa estar em boas condições antes que suas decisões possam ser “ligadas”, para nos sujeitarmos a elas. Mais uma vez isso é confundir autoridade com infalibilidade. Uma boa condição moral, evidentemente, é desejável, mas não é isso o que concede à assembleia sua autoridade. Como já dissemos, é o Senhor no meio que dá à assembleia a autoridade necessária para ela agir. Se os seguidores de Lowe achavam que a assembleia em Tunbridge Wells estava em erro, deviam ter se submetido à decisão “prima facie” (“à primeira vista”), ao menos para o momento, e então buscar tocar a consciência daquela assembleia quanto ao erro. Isso teria preservado a ordem e a unidade.
Apesar de alguns terem se dirigido aos irmãos em Tunbridge Wells neste sentido, isso não foi feito em um espírito de indagação, mas de condenação. Entre muitos em Londres não havia a percepção do fato de que os irmãos locais conhecem melhor o modo de ser das pessoas, e que deviam se sujeitar a tal julgamento. Ao contrário, N. Noel, em seu “História dos Irmãos”, assinala que os irmãos em Londres e arredores julgaram que a decisão não era bíblica e, portanto, era injusta. Então simplesmente a desprezaram! Eles permitiram que C. Strange continuasse a partir o pão com eles! Aquele foi um ato de total contenda para com a decisão tomada na assembleia de Tunbridge Wells onde o Senhor estava no meio. O partido dos seguidores de Lowe manifestou um espírito que dava a entender que eles estavam acima da autoridade do Senhor delegada à assembleia em Tunbridge Wells, o que é extremamente sério. Aquilo foi uma afronta ao Senhor. Foi só depois que as assembleias de Londres (que haviam seguido Lowe) haviam quebrado “a unidade do Espírito” ao receberem C. Strange que tinha sido excomungado em Tunbridge Wells, que a assembleia em Tunbridge Wells emitiu sua declaração (1909) de não estar mais em comunhão com aqueles que não reconhecessem a decisão que eles tinham tomado em nome do Senhor. Esta foi também uma decisão tomada por uma assembleia reunida ao Nome do Senhor e deveria ter sido acatada por todas as outras assembleias.[8]
Concluindo, gostaríamos de dizer que o que havia no cerne de toda aquela questão relacionada à decisão tomada por Tunbridge Wells era um grosseiro equívoco de que só se deve submeter à decisão de uma assembleia quando ela estiver correta. Mais uma vez, trata-se de uma simples questão de confundir autoridade com infalibilidade. Grande parte dos irmãos da Europa se desviou ao tentar discernir que posição tomar avaliando a condição moral dos dois lados. Eles achavam que o partido dos seguidores de Lowe era mais humilde, e por isso estava correto em sua decisão. Assim fizeram do estado moral da assembleia o critério para decidirem a decisão da assembleia, ao invés de se basearem na autoridade do Senhor no meio daqueles que Ele reuniu. Aqueles que seguiram o partido de Lowe agiram sobre essa falsa premissa, e foi o que os levou à divisão.
A escritura ensina que o estado moral pode ser baixo naqueles que estão no terreno divino, e que eles podem agir de forma rude em determinadas questões, mas isso não altera o fundamento de reunião sobre o qual estão e a autoridade do Senhor em seu meio. É o que vemos no caso de Roboão (1 Rs 12). Ele agiu de maneira muito desfavorável para com os que pertenciam às dez tribos, indo contra o conselho dos anciãos, e suas ações precipitaram a divisão do reino. Apesar de não justificarmos suas ações, isso não muda o fato de que ele e todo Judá continuavam no centro divino dado a Israel (Jerusalém) onde a autoridade de Deus havia sido delegada. Se a condição moral fosse o critério para decidir onde o Senhor estava naquela questão, seríamos obrigados a dizer que Ele estava com Jeroboão e as dez tribos, e que Deus estaria estabelecendo Seu centro divino entre eles. Já observamos que o Senhor não faria isso: a partir daquele ponto Ele já não estava com as tribos do norte de Israel (2 Cr 25:7).
O que aconteceu em Tunbridge Wells trouxe à tona o fato de que um desvio da verdade dos princípios que regem a assembleia esteve em desenvolvimento entre os irmãos por alguns anos. Bastou este incidente para que ficasse manifesto. W. M. Sibthorpe chamou a isso de um “sistema”. Depois de tomada a decisão em Tunbridge Wells de excomungar C. Strange (1908), seguida de sua decisão de não mais continuar em comunhão com as assembleias que desafiaram a autoridade do Senhor ao receberem C. Strange (1909), muitos acharam que deviam se posicionar quanto àquele assunto.[9]
Este é também um falso princípio. Não era necessário que todas as assembleias espalhadas pela Inglaterra e pelo continente europeu decidissem, pois a decisão já tinha sido tomada em Tunbridge Wells em nome das assembleias como um todo. O que precisava era submissão à decisão tomada em Nome do Senhor. Tal atitude honra a Deus e demonstra que reconhecemos a autoridade do Senhor do modo como ela é delegada à assembleia local. Isso teria evitado a divisão.
Na verdade, cada divisão ocorre quando uma assembleia toma uma decisão contra alguém, excomungando uma ou mais pessoas, e um partido formado por simpatizantes dessas pessoas se recusa a se submeter àquela decisão, alegando não ter sido uma decisão legítima da assembleia. Por detrás de cada caso uma coisa fica bem evidente: o não reconhecimento de uma decisão da assembleia como estando revestida da autoridade do Senhor.
Como costuma ocorrer, por trás de todas as divisões que aconteceram entre os irmãos, o Senhor estava peneirando aqueles que haviam abandonado os princípios bíblicos relacionados à assembleia.




[1] N. do T.: Mateus 18:19 é traduzido por J. N. Darby diferente das versões em português “Mais uma vez digo a vós que, se dois de vós, na Terra, concordarem sobre qualquer assunto, qualquer coisa que seja que pedirem, isso virá a eles de Meu Pai, que está nos céus”.

[2] N. do A.: “Isto é confundir autoridade com infalibilidade. Em uma centena de situações a obediência pode ser compulsória sem que exista infalibilidade. Se não fosse assim, não poderia existir qualquer ordem no mundo, como você pode facilmente constatar... Se não existisse obediência a menos que existisse infalibilidade; se não existisse qualquer concordância com o que fosse decidido, não haveria limites para a vontade própria, e a ordem comum desapareceria.” (“Letters of J. N. Darby”, vol. 1, pág. 421).

[3] N. do A.: “Letters of J. N. Darby”, vol. 2, pág. 132.

[4] N. do A.: Muitos Cristãos bem intencionados tiram o versículo 19 de seu contexto e acreditam que se alguns crentes se reunirem para orar sobre uma questão suas orações serão respondidas, pois o Senhor assim prometeu. A passagem não fala de indivíduos orando juntos privadamente, mas daqueles congregados ao nome do Senhor e reunidos como tais, agindo dentro de suas responsabilidades administrativas.
[5] N. do A.: C. D. Maynard, “Various Papers on Assembly Principles”, A Local Assembly, pág. 72.

[6] N. do A.: W. R. Dronsfield propõe erroneamente essa ideia em seu livro “The Brethren Since 1870”, pág. 33, dizendo: “Se dois ou três são realmente reunidos ao Nome do Senhor, qualquer decisão a que eles cheguem deve ser correta para o céu reconhecê-la como tal. O inverso disso, no entanto, também é verdadeiro, ou seja, se os reunidos chegarem a uma decisão injusta e incorreta, eles não poderão estar reunidos ao Nome do Senhor.”

[7] N. do A.: “Report by Bros. Brockhaus, Donges, e al.” pág. 25.

[8] N. do A.: Mais uma pergunta chama nossa atenção. Deveria C. Strange ter sido colocado fora? Ambos os lados concordam que ele era um homem obstinado. Cremos que o Senhor deixou claro a Sua vontade acerca da questão. Após o partido dos seguidores de Lowe ter defendido C. Strange e continuado em comunhão com ele, no período de um ano metade deles acabaram tendo a embaraçosa experiência de precisar colocá-lo fora de sua comunhão divergente, por causa de sua maneira de ser, tomando assim a mesma decisão que Tunbridge Wells havia tomado! Ressaltamos que nem a história de N. Noel, nem a de W. R. Dronsfield, apoiadores do partido de Lowe, registraram este fato em seus relatos daquela triste divisão!

[9] N. do A.: Fica evidente a partir dos relatos históricos das várias divisões que culminaram no incidente de Tunbridge Wells que tal ideia tinha ficado escondida no pensamento de muitos. Citamos um trecho de “The Brethren Since 1870”, de W. R. Dronsfield: “Todas as assembleias, uma a uma, decidiram se deveriam apoiar Bexhill ou Londres... Em poucos meses cada crente nas assembleias foi forçado a decidir, tivesse ele pouco ou muito conhecimento, fosse ele iniciante ou experiente” págs. 22-23.

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