“Qualquer coisa”[1]
W. Potter escreveu um
breve artigo sobre as ações da assembleia no qual ele diz que a expressão “qualquer
coisa” de Mateus 18:19 é um incondicional
“qualquer coisa”. Uma assembleia
pode ligar erroneamente algo, e nosso dever é nos sujeitar até que seja feita
uma retificação de forma pacífica e ordenada. Independentemente do que Potter
diz, para alguns a interpretação de “qualquer coisa” como incondicional
parece ter sido tirada do papismo católico romano. A opinião desses é que isso
tornaria a assembleia infalível em suas ações administrativas, o que não é
verdade. Tais pessoas argumentam que se a expressão “qualquer coisa” for
incondicional, então a assembleia poderia ligar algo que quisesse e já estaria automaticamente
ligado no céu. No modo de pensar deles isso deixaria o céu sujeito às ações da Igreja
na Terra, e se a assembleia cometesse um erro, o céu estaria se colocando em
comunhão com o mal, algo que Deus jamais faria. A princípio, um argumento assim
pode parecer bem lógico, mas por trás dele está uma tentativa do inimigo de
criar confusão na assembleia e minar suas ações. Para isso bastaria alguém
declarar que uma determinada ação da assembleia foi injusta, para concluir que
ela não teria o respaldo do céu. E se o céu não a endossasse ninguém estaria
obrigado a aceitá-la e nem se submeter a ela. Esta é uma maneira conveniente de
se desprezar aquelas ações da assembleia que não nos agradem. Se os atos
administrativos de uma assembleia só devessem ser apenas obedecidos sob a
condição de estarem corretos, então a ordem toda seria rapidamente perdida.[2]
O grande problema dessa
ideia equivocada é que os julgamentos da assembleia ficariam sujeitos ao nosso
julgamento pessoal. A assembleia já não seria a corte da autoridade mais
elevada nesses assuntos, e sim nosso próprio juízo. Toda a ordem se perderia
assim. Todos ficariam livres para fazer o que parecesse “reto aos seus olhos”
(Jz 21:25). Muitos têm sido enganados com a ideia de que, a menos que uma ação
da assembleia trouxesse o inconfundível carimbo da Palavra de Deus, ela não
ligaria pessoa alguma na Terra e não seria ratificada no céu. Em outras
palavras, a decisão da assembleia somente teria validade quando fosse uma
decisão correta. Ora, se fôssemos nos sujeitar a uma decisão da assembleia
apenas quando a considerássemos correta, o triste resultado seria que cada vez
que a assembleia agisse alguns se sujeitariam à decisão, e outros não,
simplesmente por que suas opiniões privadas seriam diferentes. Nos dias atuais,
quando a Igreja está em um estado generalizado de ruína, estaríamos sujeitos a
encontrar alguns que pensam ser mais sábios que seus irmãos, e cujo julgamento
pessoal irá diferir do julgamento da assembleia. O inimigo logo se aproveitaria
disso para dividir os santos, e desta forma abalar a unidade. Certamente não é
este o modo de Deus manter a ordem em Sua casa. Não, somos ordenados a nos
submetermos, mesmo se acharmos que a decisão está errada, e esperarmos no
Senhor para corrigi-la. É assim a ordem é mantida. J. N. Darby disse: “Um
julgamento de uma assembleia, mesmo que eu o considere um equívoco, em primeiro
lugar, devo aceitar e agir de acordo.”[3]
Na tentativa de negar a
força da expressão “tudo o que” em Mateus 18:18, e querer provar que ela
não poderia ser incondicional, alguns erroneamente presumiram que o versículo 19
seria de uma reunião de oração, concluindo que “qualquer coisa” nas
orações da assembleia estaria sujeita à aprovação do céu (pois Deus somente
responde às nossas orações quando elas estão de acordo com a Sua vontade),
então as questões relacionadas à expressão “tudo o que” para as decisões
de “ligar” deveriam também estar sujeitas à aprovação do céu[4].
Mas eles estão enganados em pensar que os versículos 19-20 se refiram,
estritamente falando, a uma reunião de oração. O contexto indica que se trata
de uma reunião para disciplina, apesar de o princípio estabelecido nestes
versículos ser amplo o suficiente para incluir todas as reuniões da assembleia
em uma aplicação secundária. (Por isso Mateus 18:20 é às vezes lido no partir
do pão). Em 1 Coríntios 5:4-5 Paulo refere-se a essa mesma reunião no sentido de
disciplina. Se estivesse falando de uma reunião de oração, então o Senhor teria
mudado o assunto bem no meio de Seu discurso sobre as ações administrativas da
assembleia e, então, mudado de volta no versículo 20 e seguintes, ao falar da
necessidade de se ter um espírito voltado para o perdão de um irmão que
estivesse arrependido de seu pecado (vers. 21-35). Isso seria fora de ordem. O
ponto do versículo 19 é que a assembleia se reúne com o Senhor no meio (vers.
20) para invocar a Deus com o objetivo de ratificar sua decisão de “ligar”. A
promessa é clara: “isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus”.
Para aqueles que
porventura têm dúvidas se a expressão “qualquer coisa” se refere
efetivamente a todas as coisas que a assembleia decida julgar, sugiro a
leitura de 2 Coríntios 2:10. Ali vemos que quando o assunto é suspender uma
ação de “ligar “, Paulo diz: “E a quem perdoardes alguma coisa [qualquer coisa – JND] ...”.
Se eles são vistos perdoando “qualquer coisa” (JND), necessariamente devem ter ligado “qualquer coisa” (JND). Isto não deveria ser difícil
de entender para aqueles que têm o desejo de obedecer. Mas é aí que está a
questão. Será que desejamos realmente fazer a vontade do Senhor? A verdade é
para aqueles que desejam fazer Sua vontade (Jo 7:17). Às vezes as pessoas criam
tamanha confusão por acharem que, talvez, a assembleia tenha tomado uma
decisão errada, que devemos perguntar aonde elas querem chegar com isso. Mas a
pergunta é: com que frequência coisas assim acontecem? Raramente. W. Potter
também comenta no mesmo artigo que em 50 anos ele não soube de qualquer ação
tomada entre os irmãos à qual não fosse possível alguém se submeter.
C. D. Maynard disse: “Uma
assembleia, quando congregada ao Nome de Cristo, tem a Ele em seu meio, e
possui Sua autoridade para agir em ‘ligar’ ou ‘desligar’ os pecados de um irmão
ofensor (Mt 18:18-20). Tal ação é ratificada no céu. Não existe como apelar de
tal decisão, a não ser a Cristo em glória; do mesmo modo como Jesus ‘entregava-Se
[ou entregava a Sua causa]
àqu’Ele que julga justamente’ (1 Pe 2:23)... Pode ocorrer para
alguns que, se uma assembleia local julgar erradamente, conforme pensam, um
apelo possa ser feito para outra assembleia local. Por exemplo, para restaurar
uma pessoa erroneamente colocada fora. Isso não tem mais autoridade bíblica do
que possa ter qualquer corrupção romana. Claramente, nega a unidade prática das
duas assembleias. Aceitar a questão é negar que exista um só corpo e um só Espírito.
Se a mesa do Senhor for uma, ambas as assembleias estão sujeitas à ação de uma
delas, portanto é impossível um apelo. Se uma assembleia puder revisar o
julgamento da outra, não existe unidade do Espírito ali, mas as duas não passam
de reuniões independentes.”[5] O
equivocar-se neste importante princípio nas questões da assembleia está por
trás de todas as tristes divisões que ocorreram entre aqueles reunidos ao Nome
do Senhor ao longo dos anos. Portanto faremos bem em ponderar cuidadosamente
estas coisas.
Outra ideia errônea que
alguns têm é que se a assembleia tomar uma decisão errada (e pode ser que seja
errada apenas aos olhos desses), então ela não pode mais ser considerada uma
assembleia reconhecida por Deus, e, portanto, os que não concordassem deveriam
abandoná-la. Isso pode ser uma desculpa para essas pessoas agirem na vontade
própria, e talvez irem congregar em outro lugar. Todavia, é um engano pensar
que uma assembleia perca sua posição como assembleia biblicamente congregada ao
Nome do Senhor caso ela tome uma decisão errada. Esta ideia revela a ignorância
em confundir autoridade com infalibilidade. Acreditar que uma assembleia tenha
autoridade, mas não infalibilidade, inclui presumir a possibilidade de que ela possa
cometer um erro. Ao cometer um erro a assembleia não perde sua posição de estar
biblicamente reunida, do mesmo modo como os pais em uma família não deixam de
ser pais por terem cometido um erro ao disciplinarem um filho. A assembleia em
Corinto continuava sendo reconhecida pelo apóstolo como a igreja em Corinto, e
era assim que ele endereçava suas cartas, apesar de existirem ali problemas
sérios. Se uma assembleia assim se recusasse a corrigir os males existentes em
seu meio, depois de ter sido admoestada muitas vezes e com muita paciência, ela
estaria sujeita a ser desligada ou deixar de ser reconhecida, mediante uma ação
de outra assembleia tomada em nome das assembleias como um todo que
permanecessem sobre o verdadeiro terreno da Igreja.
Um exemplo desse equívoco
foi o que ocorreu em Tunbridge Wells em 1908-9. Alguns que conhecem o incidente
acreditam que as ações que a assembleia tomou, primeiramente ao silenciar
(1903) e mais tarde colocando fora de comunhão C. Strange (1908), foram
injustas. Acreditando que o modo de lidar com C. Strange foi injusto e sem base
bíblica, eles acharam que Tunbridge Wells havia por isso perdido sua condição
de assembleia verdadeiramente congregada ao nome do Senhor[6]. Sendo
assim, alguns acharam que as ações dessa assembleia não podiam ser reconhecidas
como ações genuínas ligadas ao céu. Como consequência, decidiram não se
sujeitar àquela decisão.
Ora, fica claro a
partir dos fatos envolvendo o caso em questão que a assembleia de Tunbridge
Wells agiu de forma meio confusa. Além disso, as relações subsequentes entre
muitos dos que estavam em Tunbridge Wells revelou um espírito hostil que
certamente nunca se deveria permitir. Mas a grande pergunta é: “Teria sido uma
decisão da assembleia?”. Ambas as partes concordam que era, exceto os
simpatizantes de Lowe em Londres, que acreditavam ter sido uma decisão injusta
da assembleia, e, portanto, resolveram não se submeter a ela. Todavia, o fato
de alguns irmãos de Londres (o partido de Lowe) achar que a ação era injusta e
sem fundamento bíblico não muda ou torna nula a ação. A outra pergunta é: “A
assembleia em Tunbridge Wells tinha ou não autoridade para agir em nome do
Senhor?”. Se não, quando foi que ela perdeu sua autoridade de agir? Vimos nas
páginas anteriores que uma assembleia não perde sua posição de estar
biblicamente congregada ao nome do Senhor porque nós (indivíduos) achamos
que ela tomou uma decisão errada! Devemos nos lembrar de que a decisão foi
tomada em Nome do Senhor por uma assembleia congregada ao Seu Nome, e,
portanto, revestida de autoridade para agir em questões administrativas. A assembleia
em Tunbridge Wells decididamente tinha autoridade para agir em Nome do Senhor.
Portanto, sua decisão foi ligada nos céus e todos deveriam se submeter a ela.
Isso teria evitado a divisão.
Já que a decisão em
Tunbridge Wells não pareceu aos seguidores de Lowe (e aos do continente
europeu) fundamentada em graça, eles não a consideraram como uma decisão
legítima da assembleia[7]).
O grande erro ali foi achar que só se deve submeter a uma decisão de uma
assembleia quando esta for uma decisão correta e tomada de uma maneira piedosa.
A ideia de se sujeitar até mesmo se acharmos que a decisão é errada nem sequer
foi cogitada. Aquilo foi certamente um desvio da verdade bíblica que os irmãos
tinham ensinado até então. Foi tornar as decisões da assembleia dependentes da
condição moral da assembleia – determinar que a assembleia precisa estar em
boas condições antes que suas decisões possam ser “ligadas”, para nos
sujeitarmos a elas. Mais uma vez isso é confundir autoridade com
infalibilidade. Uma boa condição moral, evidentemente, é desejável, mas não
é isso o que concede à assembleia sua autoridade. Como já dissemos, é o Senhor
no meio que dá à assembleia a autoridade necessária para ela agir. Se os
seguidores de Lowe achavam que a assembleia em Tunbridge Wells estava em erro,
deviam ter se submetido à decisão “prima facie” (“à primeira vista”), ao
menos para o momento, e então buscar tocar a consciência daquela assembleia
quanto ao erro. Isso teria preservado a ordem e a unidade.
Apesar de alguns terem
se dirigido aos irmãos em Tunbridge Wells neste sentido, isso não foi feito em
um espírito de indagação, mas de condenação. Entre muitos em Londres não havia
a percepção do fato de que os irmãos locais conhecem melhor o modo de ser das
pessoas, e que deviam se sujeitar a tal julgamento. Ao contrário, N. Noel, em
seu “História dos Irmãos”, assinala que os irmãos em Londres e arredores
julgaram que a decisão não era bíblica e, portanto, era injusta. Então
simplesmente a desprezaram! Eles permitiram que C. Strange continuasse a partir
o pão com eles! Aquele foi um ato de total contenda para com a decisão tomada
na assembleia de Tunbridge Wells onde o Senhor estava no meio. O partido dos
seguidores de Lowe manifestou um espírito que dava a entender que eles estavam
acima da autoridade do Senhor delegada à assembleia em Tunbridge Wells, o que é
extremamente sério. Aquilo foi uma afronta ao Senhor. Foi só depois que
as assembleias de Londres (que haviam seguido Lowe) haviam quebrado “a
unidade do Espírito” ao receberem C. Strange que tinha sido excomungado em
Tunbridge Wells, que a assembleia em Tunbridge Wells emitiu sua declaração
(1909) de não estar mais em comunhão com aqueles que não reconhecessem a
decisão que eles tinham tomado em nome do Senhor. Esta foi também uma decisão
tomada por uma assembleia reunida ao Nome do Senhor e deveria ter sido acatada
por todas as outras assembleias.[8]
Concluindo, gostaríamos
de dizer que o que havia no cerne de toda aquela questão relacionada à decisão
tomada por Tunbridge Wells era um grosseiro equívoco de que só se deve submeter
à decisão de uma assembleia quando ela estiver correta. Mais uma vez, trata-se
de uma simples questão de confundir autoridade com infalibilidade. Grande parte
dos irmãos da Europa se desviou ao tentar discernir que posição tomar avaliando
a condição moral dos dois lados. Eles achavam que o partido dos seguidores de
Lowe era mais humilde, e por isso estava correto em sua decisão. Assim fizeram
do estado moral da assembleia o critério para decidirem a decisão da assembleia,
ao invés de se basearem na autoridade do Senhor no meio daqueles que Ele
reuniu. Aqueles que seguiram o partido de Lowe agiram sobre essa falsa
premissa, e foi o que os levou à divisão.
A escritura ensina que
o estado moral pode ser baixo naqueles que estão no terreno divino, e que eles
podem agir de forma rude em determinadas questões, mas isso não altera o
fundamento de reunião sobre o qual estão e a autoridade do Senhor em seu meio.
É o que vemos no caso de Roboão (1 Rs 12). Ele agiu de maneira muito desfavorável
para com os que pertenciam às dez tribos, indo contra o conselho dos anciãos, e
suas ações precipitaram a divisão do reino. Apesar de não justificarmos suas
ações, isso não muda o fato de que ele e todo Judá continuavam no centro divino
dado a Israel (Jerusalém) onde a autoridade de Deus havia sido delegada. Se a
condição moral fosse o critério para decidir onde o Senhor estava naquela
questão, seríamos obrigados a dizer que Ele estava com Jeroboão e as dez
tribos, e que Deus estaria estabelecendo Seu centro divino entre eles. Já
observamos que o Senhor não faria isso: a partir daquele ponto Ele já não
estava com as tribos do norte de Israel (2 Cr 25:7).
O que aconteceu em
Tunbridge Wells trouxe à tona o fato de que um desvio da verdade dos princípios
que regem a assembleia esteve em desenvolvimento entre os irmãos por alguns
anos. Bastou este incidente para que ficasse manifesto. W. M. Sibthorpe chamou
a isso de um “sistema”. Depois de tomada a decisão em Tunbridge Wells de
excomungar C. Strange (1908), seguida de sua decisão de não mais continuar em
comunhão com as assembleias que desafiaram a autoridade do Senhor ao receberem
C. Strange (1909), muitos acharam que deviam se posicionar quanto àquele
assunto.[9]
Este é também um falso
princípio. Não era necessário que todas as assembleias espalhadas pela
Inglaterra e pelo continente europeu decidissem, pois a decisão já tinha sido
tomada em Tunbridge Wells em nome das assembleias como um todo. O que precisava
era submissão à decisão tomada em Nome do Senhor. Tal atitude honra a Deus e
demonstra que reconhecemos a autoridade do Senhor do modo como ela é delegada à
assembleia local. Isso teria evitado a divisão.
Na verdade, cada
divisão ocorre quando uma assembleia toma uma decisão contra alguém,
excomungando uma ou mais pessoas, e um partido formado por simpatizantes dessas
pessoas se recusa a se submeter àquela decisão, alegando não ter sido uma
decisão legítima da assembleia. Por detrás de cada caso uma coisa fica bem
evidente: o não reconhecimento de uma decisão da assembleia como estando
revestida da autoridade do Senhor.
Como costuma ocorrer,
por trás de todas as divisões que aconteceram entre os irmãos, o Senhor estava
peneirando aqueles que haviam abandonado os princípios bíblicos relacionados à
assembleia.
[1] N. do T.: Mateus 18:19 é traduzido por J. N. Darby diferente das
versões em português “Mais uma vez digo a vós que, se dois de vós, na Terra,
concordarem sobre qualquer assunto, qualquer coisa que seja que pedirem,
isso virá a eles de Meu Pai, que está nos céus”.
[2] N. do A.: “Isto é confundir autoridade com
infalibilidade. Em uma centena de situações a obediência pode ser compulsória
sem que exista infalibilidade. Se não fosse assim, não poderia existir qualquer
ordem no mundo, como você pode facilmente constatar... Se não existisse
obediência a menos que existisse infalibilidade; se não existisse qualquer
concordância com o que fosse decidido, não haveria limites para a vontade
própria, e a ordem comum desapareceria.” (“Letters
of J. N. Darby”, vol. 1, pág. 421).
[3] N.
do A.: “Letters of J. N. Darby”, vol. 2, pág. 132.
[4] N. do A.: Muitos Cristãos bem intencionados tiram o
versículo 19 de seu contexto e acreditam que se alguns crentes se reunirem para
orar sobre uma questão suas orações serão respondidas, pois o Senhor assim
prometeu. A passagem não fala de indivíduos orando juntos privadamente, mas
daqueles congregados ao nome do Senhor e reunidos como tais, agindo dentro de
suas responsabilidades administrativas.
[5] N.
do A.: C. D. Maynard, “Various
Papers on Assembly Principles”, A Local Assembly, pág. 72.
[6] N. do A.: W. R. Dronsfield propõe erroneamente essa
ideia em seu livro “The Brethren Since 1870”, pág. 33, dizendo: “Se dois
ou três são realmente reunidos ao Nome do Senhor, qualquer decisão a que eles
cheguem deve ser correta para o céu reconhecê-la como tal. O inverso disso, no
entanto, também é verdadeiro, ou seja, se os reunidos chegarem a uma decisão
injusta e incorreta, eles não poderão estar reunidos ao Nome do Senhor.”
[7] N.
do A.: “Report by Bros. Brockhaus, Donges, e al.” pág.
25.
[8] N. do A.: Mais uma pergunta chama nossa atenção.
Deveria C. Strange ter sido colocado fora? Ambos os lados concordam que ele era
um homem obstinado. Cremos que o Senhor deixou claro a Sua vontade acerca da
questão. Após o partido dos seguidores de Lowe ter defendido C. Strange e
continuado em comunhão com ele, no período de um ano metade deles acabaram
tendo a embaraçosa experiência de precisar colocá-lo fora de sua comunhão
divergente, por causa de sua maneira de ser, tomando assim a mesma decisão que
Tunbridge Wells havia tomado! Ressaltamos que nem a história de N. Noel, nem a
de W. R. Dronsfield, apoiadores do partido de Lowe, registraram este fato em
seus relatos daquela triste divisão!
[9] N. do A.: Fica evidente a partir dos relatos
históricos das várias divisões que culminaram no incidente de Tunbridge Wells
que tal ideia tinha ficado escondida no pensamento de muitos. Citamos um trecho
de “The Brethren Since 1870”, de W. R. Dronsfield: “Todas as
assembleias, uma a uma, decidiram se deveriam apoiar Bexhill ou Londres... Em
poucos meses cada crente nas assembleias foi forçado a decidir, tivesse ele
pouco ou muito conhecimento, fosse ele iniciante ou experiente” págs. 22-23.
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