Segunda Epístola a Timóteo 2:19-22
Ao abrirmos em 2
Timóteo encontramos o apóstolo Paulo definindo o caminho para aquele que é
fiel, quando viesse o grande abandono da verdade na profissão Cristã. Os
exercícios, se seguidos, levariam a um remanescente de crentes exercitados que
procuram (em sensível fraqueza) praticar toda a verdade de Deus em relação à Igreja.
Estas instruções não poderiam ser mais apropriadas para nossos dias, quando a
ruína no testemunho Cristão chegou ao ápice. O apóstolo disse: “Qualquer
que profere o Nome de Cristo [do
Senhor – JND] aparte-se da iniquidade (injustiça). Ora, numa grande casa não somente há vasos
de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros,
porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, [se alguém tiver se purificado a si mesmo desses
(vasos), em se separando a si mesmo deles
– JND] será vaso para honra, santificado
e idôneo [útil – JND] para uso do Senhor, e preparado para toda a
boa obra. Foge também dos desejos da
mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que [aqueles – JND], com um coração puro,
invocam o Senhor” (2 Tm 2:19-22).
Acerca desta passagem
tem sido dito que ela é a carta-patente[1]
para o crente em um dia de ruína e fracasso. A condição arruinada em que está a
profissão Cristã é comparada a “uma grande casa”. A casa é vista em
desordem e caracterizada por estar cheia de uma mistura de coisas – algumas
honráveis e algumas desonráveis. Os vasos de “ouro e de prata” podem se
referir aos verdadeiros crentes, e os vasos de “pau e de barro” aos
falsos professos. Todos são vistos misturados. Considerando que a associação
com o mal contamina (1 Co 15:33; 1 Tm 5:22; Ag 2:10-14; Dt 7:1-4; Js 23:11-13;
1 Rs 11:1-8 etc.), os vasos de ouro e de prata são vistos como contaminados por
sua associação com os de pau e de barro. A contaminação pode emanar da
associação tanto com as próprias pessoas, como com seus princípios e práticas
errôneas, sejam doutrinárias, morais ou eclesiásticas.
Quando o apóstolo se
refere aos vasos “para honra” e “para desonra”, parece que está
indicando a condição dos vasos. Enquanto todos os que são meros professos na
casa certamente são vasos para desonra, nem todos os verdadeiros crentes podem
ser vasos para honra. Se os crentes não estiveram andando bem com o Senhor eles
poderiam também ser classificados como vasos para desonra. Menor ainda é o
número de vasos para honra que são santificados. Encontramos, portanto, nesta
passagem três classes de vasos:
1. Vasos para honra – aqueles
que estão andando bem em meio
à mistura.
2. Vasos para desonra – aqueles
que estão andando mal em meio
à mistura.
3. Vasos santificados para honra
– aqueles que estão andando bem e se separaram da mistura.[2]
[1] N. do T.: Carta-patente é um documento legal emitido por uma autoridade que legitima
uma atividade, concedendo um direito ou um status a uma pessoa ou um grupo de
pessoas.
[2] Extraído de “Precious Things.”
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