A Ordem na Assembleia
Quando observamos mais
de perto a epístola aos Coríntios, vemos esta verdade apresentada nas
circunstâncias práticas da vida da assembleia. Vemos que Paulo procurava manter
a uniformidade de doutrina e prática nas assembleias em todo o mundo (1 Co 1:2,
4:17, 7:17, 11:16, 14:33-34, 16:1). Sua grande preocupação era que todas as
assembleias andassem juntas, e assim tivessem um único e singular testemunho
perante o mundo. Quando olhamos para a Igreja primitiva vemos essa unidade na
prática.
Havia uma só comunhão
estabelecida por Deus, à qual todos os crentes eram chamados – “à comunhão
de Seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Co 1:9), independentemente de
onde estivessem na Terra. A Igreja primitiva perseverava nessa comunhão (At
2:42). Eles não buscavam outra comunhão (At 4:23).
Havia também apenas um
conjunto de membros para todos os santos universalmente (globalmente) – os membros
do corpo de Cristo. Paulo podia dizer: “Pois, assim como o corpo [humano] é um e tem muitos membros, mas
todos os membros do corpo, sendo muitos, são um corpo, assim também é o
Cristo[1]” (JND) – o corpo místico
de Cristo (1 Co 12:12). A Escritura desconhece qualquer outro conjunto de membros
que não seja o de membros do corpo de Cristo. Não existe na Escritura algo como
ser membro de uma assembleia local, ainda que às vezes escutemos pessoas
dizendo coisas como “Todos os membros
desta assembleia [local]...”.
Havia um padrão de
doutrina e prática para todas as assembleias. Paulo dizia: “... como por toda a parte ensino em cada
igreja” (1 Co 4:17).
Havia um padrão de
conduta comum a todos, independentemente da cultura. Paulo dizia: “É o que
ordeno em todas as igrejas” (1 Co 7:17).
Havia uma prática comum
de repelo conhecer a cabeça na oração ou profecia, expressada pelo uso de
coberturas para cabeça. Neste sentido Paulo podia dizer, “Não temos tal
costume, nem as igrejas de Deus”. Eles não tinham tal ideia ou costume de que
pessoas fariam de outra forma (1 Co 11:16).
Havia uma ordem para o
ministério nas assembleias. O Espírito de Deus estava no meio usando os dons
que existiam em cada assembleia local para a edificação de todos. Paulo, após
apresentar esta ordem, disse: “Como em todas as igrejas dos santos” (1
Co 14:33).
Havia um uso comum dos
fundos acumulados em suas coletas voltado para o interesse de Cristo e do Seu
corpo. Paulo repetia: “fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas”
(1 Co 16:1). Andando juntos em uma só comunhão, eles reconheciam as
necessidades uns dos outros e buscavam supri-las de uma forma universal (1 Co
16:3; Rm 15:25-26).
[1] N. do A.: O termo “o Cristo” (JND) geralmente se refere à união da Cabeça
no céu com os membros do corpo na Terra.
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