quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

“Ao Meu Nome”


 “Ao Meu Nome”

Finalmente, o Senhor disse: “ao Meu Nome” (JND). Não é “em Meu Nome” como aparece em todas as traduções em português, mas ao Meu Nome” (ou para o Meu Nome”). Isto implica que existe aí uma submissão envolvida – uma submissão a esse Nome. O Nome do Senhor representa Sua autoridade. Portanto a ideia é de estarem reunidos nesse terreno de submissão à Sua autoridade. E onde a Sua autoridade é revelada? A resposta é, sem sombra de dúvida, na Palavra de Deus. Portanto, aqueles que estão assim reunidos devem guardar toda a verdade de Deus, se sujeitarem a ela e procurarem praticá-la. Existem hoje muitos grupos Cristãos que praticam apenas parte da verdade. Por exemplo, um grupo pode guardar as coisas relacionadas à verdade da Pessoa de Cristo, mas não se importar com as exortações que têm a ver com a autoridade de Cristo como Cabeça da Igreja. Outros podem ter um grande cuidado em guardar Sua deidade e outros aspectos, porém desprezarem as passagens das Escrituras que falam das irmãs cobrindo a cabeça ou abstendo-se de ministrar publicamente na assembleia, esquecendo-se de que essas coisas são “mandamentos do Senhor” (1 Co 14:37).
Além disso, o Senhor enfatizou: “Meu Nome”. Ele não quis dizer algum nome denominacional criado por homens. A Igreja em seus primórdios estava reunida apenas ao Nome do Senhor Jesus, quando se juntava para a adoração e o ministério da Palavra. Eles não adotavam qualquer outro nome. Todavia, a Igreja hoje se dividiu em centenas de grupos distintos uns dos outros, dando a cada uma dessas divisões um nome sectário. Será que era isso que o Senhor planejava para Sua Igreja? É claro que não. Deus tem tamanho apreço por Seu Filho que deu ao Seu Nome o mais alto valor, “e Lhe deu um Nome que é sobre todo o Nome; para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho” (Fp 2:9-10; Ef 1:21). O que será que Deus pensa quando olha para a profissão Cristã e vê os Cristãos se reunindo para a adoração e o ministério da Palavra levando todos os tipos de nomes denominacionais? Enquanto Ele dá ao Nome de Jesus o valor mais elevado, os homens dizem que não importa muito que nome você leva! Onde, na Escritura, nos é dito para separar a Igreja em departamentos sectários e denominá-los Presbiteriana, Batista, Cristã Reformada, Aliança Cristã etc.? Será que achamos que o povo do Senhor irá se identificar por esses nomes no céu? Não, todo e qualquer nome cairá. Se o Nome de Cristo é o Nome supremo no céu, assim deveria ser também na Terra. O Senhor ensinou Seus discípulos a orarem assim, quando disse: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no céu” (Mt 6:10).
Frequentemente ouvirmos alguém dizer que aqueles que estão no verdadeiro terreno da assembleia estão reunidos ao Senhor Jesus. Certamente sabemos o que a pessoa quis dizer, mas não é exatamente o que este versículo diz. Ele diz que estamos reunidos ao Seu Nome[1]. Os Cristãos ainda aguardam ser reunidos a Ele, e isso acontecerá na Sua vinda – o Arrebatamento (2 Ts 2:1). Hoje, por falta de entendimento, vontade própria e outras falhas, existem relativamente poucos reunidos, mas naquele momento todos os Cristãos estarão reunidos! Será um final triunfante para a jornada da Igreja neste mundo. A Igreja encerrará sua história neste mundo na mesma condição de quando começou – “todos concordemente no mesmo lugar” (At 2:1 – ARF). Só que então não será em um andar elevado em Jerusalém; será nos ares!
A verdade de estar reunidos ao Seu “Nome” é algo que também tem sofrido ataques, mas talvez de uma maneira ligeiramente diferente – por meio da imitação. Existem muitos grupos que professam estar reunidos ao Nome do Senhor. Eles costumam colocar um cartaz em frente ao seu local de reuniões citando Mateus 18:20. Todavia, a mera declaração pública de estarmos reunidos ao Nome do Senhor não significa necessariamente que é assim. Gordon Hayhoe costumava usar o exemplo de um charlatão que abre um consultório médico e coloca na porta uma placa dizendo que ele é médico e cirurgião. Todavia, quando você entra no consultório descobre que ele não tem quaisquer diplomas para provar que esteve em alguma faculdade de medicina. Ao perguntar à sua assistente em que escola ele se formou ela informa que ele não é diplomado, mas que isso não é realmente importante porque basta ter a placa na porta. Do mesmo modo, no caso dos Cristãos reunidos, a prova de estarem verdadeiramente reunidos ao Nome do Senhor não está naquilo que eles dizem ser, mas em estar submissos à autoridade do Nome do Senhor que eles professam. A questão é: Estão reunidos sobre os princípios de reunião que temos comentado?


[1] N. do A.: “Não estamos congregados a Ele, mas ao Seu Nome”, H. Smith “Perspectives on the True Church”, pág. 11.

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