terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Purificando a Nós Mesmos


Purificando a Nós Mesmos

O exercício do Cristão não é ser meramente um vaso “para honra”, mas ser um “santificado” vaso “para honra”.[1] Isto envolve purificar-se da mistura por meio da separação. Estes versículos ensinam claramente que é impossível ser um vaso santificado quando se permanece em comunhão com a corrupção na casa. A mera associação com a má doutrina e prática ruins é suficiente para nos manchar, mesmo que em nossa vida pessoal não estejamos professando ou praticando o mal. Portanto, o grande exercício para o crente que deseja ser fiel é: “aparte-se” da injustiça e iniquidade que há na casa, separando-se dessa mistura. Assim se torna um vaso “santificado” para honra. Trata-se de uma separação que deve ser praticada na casa de Deus. O crente não é chamado a deixar a casa, pois isto significaria abandonar a profissão Cristã completamente, mas a se separar da desordem existente ali. (Compare com Pv 25:24). Tampouco ele é chamado a “purificar” a casa de tudo o que desonra o Senhor, mas sim de “purificar” a si próprio da mistura existente na casa.[2]


[1] N. do A.: É certo que este é um assunto delicado. Disponho-me a ser corrigido, mas se interpretarmos essa passagem dizendo que somente aqueles que se separaram para a posição remanescente (ou seja, os santos reunidos para o Nome do Senhor) são os vasos para honra, então, em essência, fazemos todos os outros Cristãos na casa um vaso para desonra, o que parece um pouco extremo. Não seria levado em consideração os Cristãos piedosos que andam retamente quanto à consciência, embora possam não ser exercitados sobre suas associações eclesiásticas. Eles podem estar conectados com alguma ordem denominacional feita pelo homem, mas a consciência deles não foi esclarecida quanto às associações eclesiásticas das quais deveriam se separar. Dificilmente poderíamos acusá-los de um mal eclesiástico quando eles não têm consciência disso. Talvez eles pudessem ser designados como vasos para honra, mas não como vasos “santificados” para honra. Sobre um assunto um pouco diferente, também não gostaríamos de chamar as mesas (comunhões) que os homens criaram no testemunho Cristão, “mesas de demônios” (1 Co 10:21). Novamente, isso estaria indo longe demais e está perdendo o sentido da passagem.

[2] N. do A.: No grego a palavra “Ekkathairo”, traduzida aqui como “purificar”, só é encontrada duas vezes nas Escrituras. Ela aparece em 1 Co 5:7, onde aquele que praticou o mal é tirado da comunhão dos santos. Aparece também em 2 Tm 2:21, onde o que praticou o mal se purifica da mistura de vasos bons e ruins.

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