A Unanimidade não é Necessária nas Decisões da Assembleia
Embora a assembleia
local deva tentar alcançar a consciência de todos nessa assembleia, ao tomar
uma decisão de “ligar”, a Escritura não exige que todos numa assembleia
precisem estar satisfeitos antes que ela possa ser considerada uma decisão
genuína. Nestes últimos dias, quando a vontade do homem mais do que nunca tem
procurado se impor na igreja, não podemos esperar que haja unanimidade nos
julgamentos da assembleia. Tal foi a situação em Corinto. Em 2 Coríntios 2:5 lemos:
“Mas se alguém tem causado tristeza, tem causado tristeza não a mim, porém
em parte... a todos vós.” (TB sem o que está entre parênteses, como na
versão JND). Aparentemente alguns dentre os coríntios não se sentiam
entristecidos com o pecado que havia em seu meio. Mesmo assim a assembleia
levou adiante sua ação para a glória de Deus. O apóstolo Paulo usou as palavras
“em parte” de modo similar quando se referiu a uma facção que havia
entre os coríntios. Ele disse: “Como também já em parte reconhecestes
em nós, que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa no dia
do Senhor Jesus” (2 Co 1:14). Isso ocorreu porque nem todos em Corinto o
reconheciam como um apóstolo enviado por Deus.
Os capítulos 20 e 21 do
livro de Juízes ilustram este ponto. Quando o mal precisou ser julgado em
Israel, ali diz que “todos os filhos de Israel saíram, e a
congregação se ajuntou, como se fora um só homem” (Jz 20:1). Todavia, os
homens de Jabes-Gileade não se juntaram a seus irmãos para tratar daquele
assunto (Jz 21:9). Aparentemente eles não estavam exercitados a respeito do
assunto, mas isso não impediu que o Espírito de Deus declarasse que “todos”
em Israel estavam tratando daquele mal (Jz 20:1, 26). Isto ilustra, em figura,
que a unanimidade não é necessária em decisões de ligar da assembleia. Afinal,
em uma situação de heresia dificilmente se conseguiria a aprovação daquele que
estivesse sendo julgado pela assembleia, e provavelmente tampouco de sua família
e simpatizantes, portanto é normal que não haja unanimidade.
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