sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

A Acusação de Sectarismo


A Acusação de Sectarismo

Não obstante, a ideia de que Deus possui um só testemunho da verdade de um só corpo na Terra, parece exclusivista para alguns. Mas isso não deveria parecer estranho para nós, já que toda a revelação da fé Cristã é exclusiva. Pense em como a fé Cristã deve soar para as outras religiões como o budismo, hinduísmo e islamismo. Elas olham para o Cristianismo e dizem: “Então vocês Cristãos acham que são os únicos certos – que vocês são os únicos que vão para o céu!”. Elas podem achar o Cristianismo orgulhoso, arrogante e exclusivista – mas é a verdade de Deus. Tudo o que podemos fazer é baixar a cabeça e humildemente agradecer a Deus pela graça que nos guiou àqu’Ele (o Único) que é “o Caminho, e a Verdade e a Vida”; Aqu’Ele que disse “ninguém vem ao Pai, senão por Mim” (Jo 14:6). O meio de salvação e a vida eterna são coisas muito exclusivas. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4:12).
Outros pensam que os congregados ao Nome do Senhor se tornaram sectários por crerem que Deus possui um único testemunho divinamente reconhecido da verdade do “um só corpo” na Terra. Perguntamos: Como poderiam se tornar sectários por professar estas coisas quando elas são as mesmas que vêm sendo professadas desde a metade do século dezenove depois que essa verdade foi recuperada? Não se trata de ideia nova. Ou o movimento já era sectário desde aquele tempo, ou está verdadeiramente sobre o terreno adequado à assembleia, sendo assim reconhecido por Deus. Outros fazem uma advertência: “Cuidado com o orgulho dessa posição”. Em certo sentido eles estão certos! O orgulho é algo terrível e realmente precisamos vigiar contra “o orgulho da posição”. Mas estar congregado ao Nome do Senhor não é estar num terreno sectário; aqueles que o Espírito reuniu estão no lugar onde Cristo está no meio.
Dizem que não deveríamos nos referir a nós mesmos e aos outros Cristãos como “nós” e “eles”, pois agir assim não seria preservar a verdade de que somos todos “um só corpo”. É verdade que nunca deveríamos falar no sentido orgulhoso de “sou mais santo do que tu” (Is 65:5) ao nos referirmos aos outros, como João fez (Mc 9:38-39), mas não é errado dizer “nós” em relação a outros crentes, pois o próprio Senhor Jesus fez assim (Mc 9:40). De que outro modo poderíamos distinguir entre aqueles aos quais Deus graciosamente reuniu e aqueles que não foram reunidos? Se a graça de Deus que nos reuniu ao Nome do Senhor Jesus for corretamente entendida em nossa alma, isto não nos faria orgulhosos – isto imediatamente tiraria o nosso orgulho (veja Ef 3:8). Afinal, de que poderíamos nos orgulhar? Se aqueles congregados ao Nome do Senhor são um testemunho, então são um testemunho do fato de que todo o testemunho Cristão, do qual fazem parte, está em ruínas!
Também é dito que é muita pretensão e orgulho declarar que estamos no único centro de reunião que Deus possui neste mundo. Mais uma vez, isto também pode muito bem estar correto. Seria inconsistente com o espírito de graça Cristã declarar ou proclamar tal coisa, tanto quanto estaria fora do caráter de um Cristão proclamar que ele é um evangelista, pastor ou mestre, mesmo que o seja. Um Cristão não deveria proclamar que está no lugar escolhido pelo Senhor, mesmo que possa estar convicto em seu coração de que Deus, em graça, o colocou ali. Não se trata de uma questão de orgulho, mas de fé.

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