“Dois ou Três”
Outra condição para uma
assembleia divinamente reunida é que devem existir ao menos “dois ou três”.
A razão disto é por não poder existir uma assembleia de uma só pessoa. Tudo o
que é feito no centro divino deve ser feito “por boca de duas ou três
testemunhas” (2 Co 13:1; 1 Tm 5:19). “Dois ou três” é o mínimo
divino. Ao dizer isso, parece até que o Senhor estava prevendo os dias quando
as coisas no testemunho Cristão estariam em tamanha ruína que poderiam existir
em uma localidade apenas alguns poucos Cristãos exercitados para estarem no
divino terreno de reunião. Sendo esse o caso, eles ainda poderiam desfrutar da
presença do Senhor em seu meio.
O Senhor tinha acabado
de dizer “se dois de vós concordarem na Terra acerca de qualquer coisa...” (Mt 18:19); agora Ele diz “dois
ou três...” (Mt
18:20). Com estas poucas palavras o Senhor estabeleceu o fato de que até mesmo
uma pequena assembleia de “dois ou três” que esteja sobre o terreno da Igreja
de Deus (como sendo verdadeiramente reunida ao Seu Nome) é competente para
tomar decisões de “ligar”. Essas decisões são ratificadas no céu e a elas devem
se submeter todos os que estiverem sobre o verdadeiro terreno da Igreja na Terra.
Como já dissemos,
seremos testados por cada princípio que tenha algo a ver com o terreno de
reunião. Até este mínimo divino para uma assembleia biblicamente reunida tem
sido desafiado. Houve ocasiões em que uma pequena assembleia congregada ao Nome
do Senhor tomou uma decisão de “ligar” e indivíduos de outras assembleias,
influentes por seus dons, acharam que poderiam decidir melhor e encorajaram os
santos em vários lugares a desconsiderarem a decisão, porque eles
consideraram a assembleia incompetente. Como consequência disso o inimigo se
aproveitou e muitos foram levados pelas divisões. Um exemplo foi a ação da
assembleia de Tunbridge Wells em 1908-1909. Apesar de aquela assembleia ter
dezenas de irmãos a mais que o mínimo divino de dois ou três, ela era pequena
em comparação ao porte das assembleias daquela época. Alguns a consideravam uma
assembleia pequena e sem competência para tomar uma decisão piedosa; e que a
decisão tomada ali em Nome do Senhor Jesus teria sido tomada de uma forma
errada e, por conseguinte, não poderia ser reconhecida. Todavia, a verdade é
que se uma pequena assembleia estiver verdadeiramente congregada sobre o
terreno do um só corpo, ela possui a mesma autoridade para agir quanto a que tem
uma grande assembleia. Quantidade não tem nada a ver com isso.
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